Nesta quarta-feira (23), a Galeria Espaço Ciência 4.0, recebeu mais uma exposição de tecnologias inovadoras. Das 9h às 16h, o local sediou mostras de diversos tipos de materiais com dimensões nanométricas voltados para aplicações na área da saúde e industrial. A exposição contou com a presença dos laboratórios Bionano e Nanobio, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e da startup Ox-nano, que mostraram na prática os recortes de algumas pesquisas desenvolvidas por seus alunos.
A mostra foi promovida pela Diretoria de Inovação, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-PE), juntamente com o Espaço Ciência, com o objetivo de apresentar as possibilidades da nanotecnologia como uma tecnologia convergente, com potencial para estimular a economia sustentável e garantir efeito multiplicativo para os diversos setores econômicos.
BIONANO
Entre os projetos da Bionano, que existe há 10 anos, estão o diagnóstico de arboviroses, HPV e parasitoses através de biossensores. Na ocasião, o grupo expôs representação de sistema de biossensor via LEGO, desenvolvido via impressora 3D.
Sobre a participação na exposição, Daniele Oliveira, pesquisadora e coordenadora do laboratório destacou: “É uma oportunidade ímpar estarmos trazendo conhecimento para a população, difundir ciência é importante e deve ser estimulada. As pessoas devem conhecer o que é desenvolvido na Universidade, as formas de pesquisa, sua importância e aplicabilidade.”
NANOBIO
Entre as estratégias inovadoras realizadas pelo Nanobio, está a pesquisa com nanocristais. Na exposição, os pesquisadores falaram um pouco da definição e aplicação da nanotecnologia no dia a dia. Sobre isso, Beate Saegesser, representante do laboratório, explicou: “Quando não conseguimos enxergar os materiais através de vias normais, macroscópicas, estamos no mundo nano. Esse é um mundo que já faz parte da nossa vida e que precisa ser compreendido”.
OX-NANO
A Startup Ox-Nano, desenvolvida pelos pesquisadores Karen Avelino e Saulo Henrique, que integram a BioNano, mostraram para o público a aplicação prática dos conhecimentos obtidos no laboratório e o processo de como chegaram no protótipo de um dispositivo que pode ser útil e aplicado na detecção de doenças.
Sobre o papel das pesquisas desenvolvidas na Universidade, Saulo Henrique, CEO da Ox-Nano, destacou: “Os dispositivos que desenvolvemos hoje, são fruto da tecnologia que vem sendo amadurecida pelos professores do laboratório há alguns anos. Então, à medida que essa tecnologia foi sendo aprimorada sentimos a necessidade do mercado por novas tecnologias de diagnóstico. Foi aí que criamos a startup, diria que o laboratório foi essencial para essa fundação.”
“Estou muito feliz em estar aqui hoje, principalmente sabendo que o Governo de Pernambuco valoriza bastante o contato dos jovens com a tecnologia e mostrar que temos capacidade de criar e desenvolver tecnologia”, pontuou Saulo Henrique.
