O museu é utilizado por docentes das redes pública e privada para tornar o ensino das ciências mais dinâmico. Em 2025, o Governo do Estado investirá R$10 milhões em um projeto que busca criar uma experiência ainda mais interativa e inovadora para educadores e estudantes
Transformar a sala de aula em um espaço de experimentação e descoberta é um desafio para muitos educadores, especialmente quando se trata de disciplinas como física, química e biologia. Em Pernambuco, no entanto, professores da rede pública e privada têm encontrado no Espaço Ciência, um dos principais museus a céu aberto da América Latina, um aliado para aproximar os estudantes do conhecimento científico de forma interativa e envolvente.
Localizado entre as cidades de Olinda e Recife, o Espaço Ciência é um equipamento estadual gerido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco (Secti/PE). O museu é reconhecido como um centro de difusão científica e aprendizado prático, funcionando como um laboratório a céu aberto para escolas e universidades. Com exposições permanentes e itinerantes, além de atividades práticas em diversas áreas da ciência, o local tem sido utilizado como uma extensão da sala de aula. Professores levam seus alunos para explorar os experimentos ao ar livre, participar de oficinas e interagir com demonstrações que tornam conceitos abstratos mais palpáveis.
O professor doutor Clemente Coelho, da Universidade Estadual de Pernambuco (UPE), utiliza frequentemente o Manguezal Chico Science, um dos espaços do museu, para aulas de ecologia. Ele descreve a área como “um ecossistema escola”, onde os alunos têm a oportunidade de observar de perto a fauna e a flora do manguezal, facilitando o aprendizado prático e a compreensão dos conceitos de adaptação e funcionamento ecológico. “Costumamos dizer que o manguezal é nossa ‘Mangue Escola’. Aqui, conseguimos mostrar de forma viva o que estudamos em sala de aula, fazendo com que os alunos vejam na prática a teoria sobre os ecossistemas”, afirmou o docente.
Para tornar o ambiente ainda mais educativo, além de fortalecer a popularização da ciência, o Governo do Estado iniciará em 2025 uma requalificação que transformará ainda mais a metodologia de aprendizado do Museu. Com um investimento estadual de R$ 10 milhões, o objetivo é criar uma experiência ainda mais interativa e inovadora para educadores e estudantes.
De acordo com a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação, Mauricelia Montenegro, com a requalificação, o Espaço Ciência ampliará as possibilidades de explorar temas como biologia, física, astronomia e meio ambiente, proporcionando experiências ainda mais envolventes para os visitantes. “O museu continuará a desempenhar um papel crucial no incentivo ao pensamento crítico e na formação de cidadãos conscientes e interessados pela ciência. Com a requalificação, ele será ainda mais atrativo para escolas e grupos educacionais, oferecendo uma variedade de atividades práticas e experimentos que dialogam com os conteúdos abordados nas diversas fases da vida do estudante pernambucano e daqueles de outros estados que também nos visitam”, reforça a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação, Mauricélia Montenegro.
O projeto de requalificação do Espaço Ciência modernizará suas instalações, como também trará um novo projeto pedagógico, que está sendo desenvolvido desde 2024 com o objetivo de atualizar os experimentos e tornar o aprendizado mais acessível e dinâmico. O diretor de Sensibilização e Difusão Científica da Secti/PE, Diogo Lopes de Oliveira, ressalta a importância da iniciativa: “a requalificação é um passo fundamental para aproximarmos as futuras gerações do universo científico. O Espaço Ciência não é apenas um lugar para absorver conteúdo, mas um ambiente onde os estudantes se tornam protagonistas do próprio aprendizado. A ciência aqui é vivida, experimentada e explorada de forma concreta.”
